Reconhecendo as forças que interferem num ambiente organizacional, o modelo das 5 Forças de Porter define a importância de cada uma delas do ponto de vista estratégico, analisando como elas interferem numa organização em diversos segmentos de mercado. Porter em 1979 determina que a essência de uma estratégia para que uma Empresa seja competitiva passa pelo relacionamento com o ambiente de negócios de sua atuação.
A importância de compradores e fornecedores são relacionadas entre as 5 Forças de Porter; Ele estabelece que fornecedores possuem o poder de negociação, seja com aumento de preços ou alterando a qualidade no seu fornecimento em vários aspectos. A medida em que esse poder aumenta, também estará mais arriscada as projeções de lucratividade, a exemplo: quando uma indústria compra matérias-primas a custos mais altos, comprometendo a lucratividade na venda de produtos e serviços.
Na concentração dos fornecedores estão os pontos críticos, seja na localização geográfica dos pontos de embarque das fontes, mudanças regulatórias e variações cambiais; afetando diretamente os processos produtivos e também a lucratividade conforme a movimentação destes fatores compromete condições acordadas para comercialização, inviabilizando todo o processo produtivo.
A Função de Compras é a Força que atua no sentido de baixar os preços, negociando melhores preços, pontualidade na entrega, garantias da qualidade, formas de entrega, pós venda, etc. Também provoca a competição entre os concorrentes, chegando a comprometer a viabilidade e rentabilidade de determinado setor. Assim, quanto maior o poder dos compradores, proporcionalmente aumenta o sua capacidade de negociação.
A ameaça da entrada de Empresas no mercado, determinando em sua atuação maior capacidade de produção e disputa por melhor participação, é uma das forças, apresentada por Porter. Da qual uma das reações no mercado poderia ser a queda de preços, aumento de custos para os concorrentes ou ainda a redução de rentabilidade de um segmento de mercado.
Uma outra força representada no Modelo de Porter é a pressão de produtos substitutos, consistindo na disputa entre Empresas com mais amplitude; com o surgimento de produtos alternativos aos atualmente fornecidos, sendo mais atrativos em se tratando de custos, prazos, desempenho, entre outros. Quanto mais competitivos estes produtos se desenvolvem, maior será a atratividade dos produtos substitutos, que aumenta a pressão sobre os lucros.
A competição e rivalidade entre os concorrentes, objetivando melhor posicionamento no mercado, é a quinta Força de Porter, onde procuram identificar as melhores práticas para determinado segmento de mercado, bem como investimentos em publicidade, introdução de novos produtos e serviços e aumento da garantia da qualidade junto aos consumidores. Para Porter é imperioso atentar à movimentação do mercado, com o surgimento de novos fornecedores, identificando como eliminar ou atenuar as ameaças e explorar as oportunidades; assim poderá obter um posicionamento de maior competitividade perante aos concorrentes.
É muito exigido das Empresas atenção para com a dinâmica do mercado global, com suas variações macroeconômicas. Especialmente em países como o Brasil, onde há muita influência do Governo no meio ambiente Empresarial, em oscilações cambiais, alterações tarifarias, mudanças regulatórias, entre outras, imprimindo mais flexibilidade às Empresas. Também exige adaptação rápida a estas mudanças, do contrario estará comprometendo sua competitividade e continuidade de sua operação.
O modelo de Austin (1990) reconhece as 5 Forças de Porter e introduz o Governo, como uma “Mega Força”, a qual impõe efeito modulador sobre as 5 Forças de Porter.
O Modelo de Análise Ambiental proposto por Austin, é direcionado a identificar e interpretar os canais, por meio dos quais, Forças externas provocam impacto em uma Empresa. Essas forças externas são classificadas em fatores: Econômicos, Políticos, socioculturais e demográficos. Este Modelo é aplicável por exemplo, na indústria de cosméticos brasileira, onde parte das matérias-primas são importadas, processo o qual impõe o cumprimento de regras exigidas pelo Governo Federal. A importadora deve cumprir regulamentações junto à Receita Federal em pagamentos de impostos e taxas, tais como: Imposto de importação, Despesas Alfandegarias, Despesas de movimentação de mercadorias em portos. O cumprimento das exigências demandam por alocação de recursos humanos e financeiros, objetivando o cumprimento de todas as etapas de regulamentação imposta pelo Governo Federal.
Outra classificação considera o ambiente de negócios contendo quatro camadas distintas:
O nível Internacional, que envolve as relações e interações entre Países;
O nível Nacional, definido pelas políticas e estratégias governamentais;
O nível da Indústria, que refere-se ao ambiente competitivo entre Empresas;
O nível da Organizacional, que envolve estratégias e ações de mercado individuais das Empresas.
Cada um destes níveis é modulado pelos quatro fatores ambientais, citados acima, onde ações em determinado nível podem atingir os outros níveis, os quais são interativos. Portanto o Modelo de Austin direciona a oferecer uma estrutura para uma analise com visão integrada de todo o contexto quanto ao ambiente competitivo.
A Inovação pode contribuir muito para que a Função de Compras possa contar com ferramental no Sistema de Gestão Empresarial, que agiliza todo o processos de aquisições, munindo o Comprador de dados importantes que devem ser analisados para que a tomada de decisões seja a mais assertiva possível. Nas próximas publicações estaremos descrevendo os passos no ERP Inovação que envolvem boas práticas para a Função de Compras, desde a verificação das demandas até o desembarque das mercadorias para conferencias e armazenagem, disponibilizando-as para os processos produtivos. Propomo-nos a buscar a melhor sintonia para evidenciar os benefícios obtidos no investimento em recursos, com produtos e serviços de que sua Empresa precisa.